3 de jun. de 2011

Gincana, tarefa 03 - Fichamento 7

Sangue de cordão umbilical para uso autólogo ou grupo de pacientes especiais
CRUZ, Luis Eduardo et al. Sangue de cordão umbilical para uso autólogo ou grupo de pacientes especiais. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. [online]. 2009, vol.31, suppl.1, pp. 36-44.  Epub 15-Maio-2009. ISSN 1516-8484.
“O sangue de cordão umbilical e placentário (SCUP) é conhecido como uma rica fonte de células-tronco (CT) hematopoéticas, que pode ser utilizado como substituto da medula óssea em casos de transplante. As células nucleadas, entre as quais estão as células-tronco, podem ser separadas, quantificadas, processadas e armazenadas a -196ºC, mantendo suas características originais para possível aplicação futura.” (p.36)
“A Legislação brasileira prevê a existência de bancos públicos e privados para o armazenamento de sangue de cordão umbilical e placentário (SCUP).” (p.36)
“A utilização de células do SCUP em transplantes apresenta vantagens sobre as células da medula óssea (MO), tais como a ausência de risco para o doador, uma vez que o método de coleta não é invasivo; disponibilidade imediata das células para transplante; células mais jovens (telômeros maiores); maior tolerância imunitária; e menor risco de infecção por CMV e o vírus Epstein-Barr (menos de 0,1% dos recémnascidos saudáveis são positivos para CMV, contra 10%- 60% dos doadores adultos voluntários).” (p.37)
“A terapia celular utilizada no tratamento de DCV tem como base a demonstração, em modelos animais e in vitro,da capacidade de transdiferenciação de alguns tipos de células-tronco adultas, e a recente descoberta de mecanismos de reparo cardíaco endógenos (substituição do tecido necrótico ou cicatricial por miocárdio viável). Diversos estudos clínicos utilizando células-tronco derivadas de medula óssea e sangue periférico estão em andamento, com o propósito de corroborar os achados dos estudos pré-clínicos. Entretanto, ainda não está claro se a terapia celular com células-tronco derivadas de MO ou sangue periférico é capaz de melhorar a função ventricular  esquerda, reduzir a área infartada e remodelamento cardíaco, bem como outros desfechos clínicos possíveis. Assim, um dos pontos mais importantes da terapia celular para doenças cardiovasculares será a identificação do tipo celular ideal para aplicação.” (p.38)
“Os progenitores mesenquimais da medula óssea foram primeiramente descritos por Alexander Friedenstein e colaboradores e apontados posteriormente como células-tronco por Caplan e colaboradores.  Ao contrário das células--tronco hematopoéticas, as células-tronco mesenquimais apresentam ampla capacidade de proliferação in vitro  com manutenção da sua pluripotencialidade. O isolamento e expansão in vitro de uma população de células derivadas do próprio paciente, ou de indivíduos compatíveis, capazes de originar diferentes tipos celulares dos tecidos músculoesqueléticos, sugerem novas estratégias terapêuticas para diversas doenças em ortopedia.” (p.39)
“O Sistema Nervoso (SN) Central (cérebro) e periférico (medula espinhal e nervos) normal está em ininterrupta modificação, entre evolução e involução, desde a embriogênese ao envelhecimento, porém apresenta capacidade limitadade auto-regeneração em resposta a doenças ou lesões. As lesões podem ser focais ou difusas, envolvendo necrose ou apoptose do corpo neuronal, de axônios, astrócitos e oligodendrócitos. A diminuição do número de neurônios (substância cinzenta) no processo de envelhecimento normal é de apenas 10% entre 20 e 90 anos de idade.” (p.39)
“As células-tronco de sangue de cordão umbilical possuem características especialmente importantes para a terapia gênica, pois, por serem mais jovem e com potencial proliferativo maior, a repopulação medular por essas células pode ser mais duradoura, oferecendo a expressão do novo gene por toda a vida do indivíduo. Existem evidências experimentais de que vetores retrovirais podem ser utilizados para transferência de genes para células-tronco de sangue de cordão.” (p.40)
“O transplante de células-tronco hematopoéticas é utilizado com sucesso no tratamento para um grande número de doenças congênitas e adquiridas que envolvem o sistema linfo-hematopoético.” (p.40)
“Os erros inatos do metabolismo constituem um grupo heterogêneo de doenças genéticas raras que causam deficiência em várias enzimas e resultam no acúmulo tissular de metabólitos. O transplante de células-tronco alogênicas pode impedir a progressão dos sintomas das doenças de depósito lisossomal e peroxissomal, pelo fornecimento contínuo de enzimas normais provenientes das células do doador.  Por mais de duas décadas, o transplante alogênico de célulastronco hematopoéticas mostrou-se benéfico no tratamento da síndrome de Hurler, adrenoleucodistrofia, leucodistrofia metacromática e doença de Krabbe. A experiência com o uso de células-tronco provenientes de sangue de cordão umbilical nas doenças metabólicas vem  aumentando nos últimos anos e os resultados são promissores.” (p.41)

Nenhum comentário:

Postar um comentário